A série Estatística Prática (ou Estatística Prátika) analisa casos reais, exemplos reais, do nosso cotidiano envolvendo Estatística e Matemática. Em nosso dia a dia, vemos diversas notícias e reportagens em revistas, jornais, televisão e na internet. A verdade é que a grande maioria das pessoas não sabe analisar ou não sabe interpretar tabelas, gráficos e informações matemáticas e estatíticas presentes nas informações divulgadas.
O objetivo do Estatística Prática é mostrar que a estatística está presente em nosso dia a dia e explicar, de forma clara e simples, como analisar e interpretar as informações. É uma série que ajudará a todas pessoas, incluindo leigos, a compreender a estatística de uma forma fácil, com uma linguagem leve, sem muitos conceitos técnicos e palavras difíceis.
Conrad Elber Pinheiro
Professor Guru
Atualizado em 08/08/2023
Clique aqui para assistir a playlist com todos os vídeos da série Estatística Prática no YouTube
EPISÓDIO 23
Em vídeo publicado nas redes sociais, o internauta realiza o cálculo de uma média aritmética das porcentagens de Lula e de Bolsonaro. Em outras palavras, para cada candidato ele soma as porcentagens e divide o resultado por 5, obtendo uma porcentagem média de 51,6% para Bolsonaro e de 48,4% para Lula. Tais valores representam apenas uma média das porcentagens e não podem ser utilizadas a fim de verificar se o resultado nacional (50,9% para Lula e 49,10% para Bolsonaro) está correto.
Link para a reportagem: https://g1.globo.com/fato-ou-fake/eleicoes/noticia/2022/11/01/e-fake-que-media-de-percentuais-de-votos-por-regiao-mostre-bolsonaro-a-frente-de-lula.ghtml
Para demonstrar que determinada afirmação está incorreta, na Matemática é muito comum a utilização de contraexemplos, termo técnico muito conhecido dentre os matemáticos, ou seja, uma situação específica em que a afirmação não é válida.
No caso do vídeo, vamos utilizar a seguinte situação hipotética: suponhamos duas regiões, A e B, em que houve 12.000 votos válidos na região A e 8.000 na região B. Suponhamos, ainda, que Lula obteve 70% dos votos na região A (e, portanto, Bolsonaro ficaria com 30% nessa região) e 25% na região B (Bolsonaro com 75%).
O que o vídeo mostra é equivalente a calcular:
Lula: (70% + 25%) / 2 = 47,5%
Bolsonaro: (30% + 75%) / 2 = 52,5%
Total: 47,5% + 52,5% = 100%
Porém, vamos analisar o número de votos que cada candidato obteve nesse situação hipotética:
- Lula – Região A: 70% de 12.000 que corresponde a 8.400 votos (logo, Bolsonaro obteve 3.600 votos);
- Lula – Região B: 25% de 8.000 que corresponde a 2.000 votos (Bolsonaro: 6.000 votos).
O total de votos válidos das duas regiões é 12.000 + 8.000 = 20.000. Desse total, Lula recebeu 8.400 + 2.000 = 10.400 votos. E Bolsonaro, 9.600 votos.
Portanto, a porcentagem de votos totais de Lula é 10.400 / 20.000 = 0,52 ou 52%, enquanto que Bolsonaro fica com 9.600 / 20.000 = 0,48 ou 48%.
Dessa forma, fica claro que a porcentagem real de votos, na situação hipotética apresentada, (52% para Lula e 48% para Bolsonaro) não é igual à média aritmética das porcentagens que cada candidato obteve nas regiões (47,5% para Lula e 52,5% para Bolsonaro).
Embora tais cálculos possam causar estranheza para um leigo, há uma explicação relativamente simples: o número de votos (valores absolutos) não é considerado quando se calcula uma média aritmética das porcentagens (valores relativos).
Ainda no exemplo, para se obter a porcentagem final de cada candidato, deve-se multiplicar a porcentagem obtida pelo candidato em cada região pela porcentagem de votos totais da respectiva região em relação ao total geral. Ou seja, a região A obteve 12.000 / 20.000 = 0,60 ou 60% do total de votos. A região B, 8.000 / 20.000 = 0,4 ou 40%.
Assim, o total de votos para Lula poderia ser calculado da seguinte forma:
% de Lula na região A x % votos totais em A + % de Lula na região B x % votos totais em B
0,70 x 0,60 + 0,25 x 0,40 = 0,52 ou 52%, que corresponde ao mesmo valor obtido utilizando-se os votos totais.
Portanto, a afirmação do internauta ao dizer que há dados incorretos é falsa, visto que os cálculos apresentados por ele estão errados.
Além disso, em relação à reportagem, para se obter a porcentagem exata é necessário realizar um cálculo similar ao que foi mostrado anteriormente incluindo as porcentagens de votos do Exterior, que não foram apresentadas na reportagem (e sem esses dados, se chegaria a um valor próximo do resultado, mas não igual).
EPISÓDIO 22
Neste vídeo, o Data Guru faz a análise e consolidação das 6 pesquisas eleitorais divulgadas na véspera das eleições para presidente da república – 2º turno, ou seja, publicadas em 29/10/2022.
EPISÓDIO 21
No último debate para eleições presidenciais realizado em 28/10/2022, diversas falas de Lula e Bolsonaro foram analisadas por empresas de checagem dos fatos. Falas verdadeiras, afirmações falsas ou mentirosas e diversas imprecisões nas falas de Lula e Bolsonaro foram detectadas. Este vídeo traz todas as frases publicadas e classificadas pelas seguintes empresas:
- Agência Aos Fatos
- Agência Lupa
- Estadão Verifica
- Fato ou Fake (G1)
- UOL Confere
A responsabilidade da classificação se uma frase dita por Lula ou Bolsonaro é verdadeira ou falsa compete às empresas, não havendo interferência do Professor Guru, que realizou uma mera aglomeração das informações.
EPISÓDIO 20
Neste vídeo, o Data Guru faz a análise e consolidação das 10 pesquisas mais recentes para presidente da república – 2º turno.
EPISÓDIO 19
Neste vídeo, o Data Guru faz a análise e consolidação das pesquisas mais recentes para presidente da república – 2º turno.
EPISÓDIO 18
Pesquisas eleitorais para presidente da república (2º turno) divulgadas entre 11/10 e 17/10/22. Consolidação de 11 pesquisas totalizando mais de 35 mil entrevistas gerando um novo resultado consolidado e robusto calculado pelo Data Guru.
EPISÓDIO 17
Nas últimas eleições para presidente (1º turno de 2022) vimos diversas pesquisas eleitorais com grandes diferenças entre os candidatos Jair Bolsonaro e Lula. As pesquisas eleitorais são confiáveis na medida que sejam bem elaboradas com metodologia estatística adequada. Porém, mesmo considerando a margem de erro das pesquisas eleitorais realizadas em setembro e outubro de 2022, vimos que os resultados das urnas, em alguns casos, foram totalmente diferentes dos resultados das pesquisas.
Erros nas pesquisas para presidente foram os mais comentados pela mídia devido à repercussão nacional. Porém, erros também ocorreram em pesquisas para governadores e para senadores.
As perguntas que as pessoas fazem são: por que as pesquisas eleitorais erram muito? As pesquisas eleitorais que erraram: quais os motivos e razões? Por que houve diferenças grandes entre as pesquisas e o resultado das urnas?
Bem, essas questão não são simples de se responder. Muitos institutos de pesquisa que erraram, tais como Datafolha, Ipec (antigo Ibope), Quaest, Paraná Pesquisas, Poder 360, Brasmarket, AtlasIntel, dentre outros, apresentaram hipóteses e justificativas para terem ocorrido tais erros. Veja bem: não se trata apenas da margem de erro das pesquisas, mas, sim, de erros além da margem de erro, ou seja, que extrapolaram a margem de erro.
A verdade é que os erros ocorreram não apenas por um único motivo, mas por um conjunto de fatores. Eventualmente apenas alguns deles podem ter influenciado em determinada pesquisa e outros terem influenciado em outra pesquisa.
Neste vídeo, apresento as principais causas prováveis para as pesquisas eleitorais terem errado tanto. Tais causas correspondem ao conjunto de fatores apontados pelos próprios institutos, por cientistas políticos e por experiência e conhecimento pessoal em estatística do Professor Guru.
Dentre os fatores abordados e discutidos neste vídeo do YouTube para os erros nas pesquisas eleitorais de 2022 estão:
- As pesquisas representam uma fotografia do momento. Porém, é preciso levar em conta uma série de fatores. Basicamente, a amostra deve ser uma miniatura da população em certo momento. Uma amostra que não seja bem selecionada corresponderá a uma miniatura distorcida da realidade.
- Censo desatualizado (último ocorrido em 2010). O planejamento da pesquisa depende de informações populacionais atualizadas. Mudanças no perfil populacional podem ter interferido na amostragem.
- Pesquisas presenciais: há dificuldade de acesso à moradores de bairros ou condomínios de luxo. Em comunidades (favelas), o acesso também é difícil por questões de segurança.
- Mudança de voto ou decisão pelo candidato na última hora. Acontecimento ou fato relevante.
- Voto útil: na última hora, o eleitor decide mudar seu voto de um candidato com poucas chances de ganhar para um que possa ganhar no 1º turno.
- Voto envergonhado ou medroso: pessoas omitem ou mentem em quem irão votar. Isso ocorre principalmente em pesquisas presenciais ou pesquisas humanizadas (por telefone). Pesquisas totalmente eletrônicas tendem a neutralizar esse comportamento.
- Boicote às pesquisas: eleitores são orientados a não responderem pesquisas eleitorais por não acreditarem ou confiarem nelas. Eventualmente, pode ser proposital a fim de distorcer os resultados.
EPISÓDIO 16
Neste vídeo é feita a comparação e análise das últimas pesquisas eleitorais para presidente da república 2022 divulgadas antes do 1º turno, na véspera das eleições, mostrando os erros e acertos das pesquisas versus resultados das urnas.
Para cada pesquisa divulgada, e publicada aqui no canal do Professor Guru, foi criado um índice de confiabilidade da pesquisa com o ranking comparativo entre pesquisas. Foram consideradas as diferenças entre os resultados das urnas e o quanto extrapolou a margem de erro. Além disso, foi feita a análise da diferença estre as urnas e a estimativa pontual divulgada pelas pesquisas.
Para efeitos de cálculos, foram considerados os votos totais originalmente divulgados e, em seguida, foram realizados os ajustes de arredondamento e de somatório igual a 100% para gerar as porcentagens dos votos válidos. Por isso, eventualmente os valores apresentados no vídeo podem ser levemente diferentes dos valores correspondentes aos votos válidos divulgados pelos institutos.
Nas análises, foram consideradas as pesquisas consolidadas e divulgadas no canal do Professor Guru, o que foi chamado de Data Guru.
Dentre as pesquisas divulgadas no episódio 15 da série Estatística Prática, e considerando o ranking de resultados das pesquisas, os melhores resultados foram:
1º lugar: Data Guru
2º lugar: Data Guru
3º lugar: CNT / MDA
Por questões que são explicadas no vídeo, foram acrescentadas 3 pesquisas com adaptações, sendo 2 da AtlasIntel, em que a margem de erro original foi aumentada e 1 do Data Guru excluindo os dados da pesquisa Brasmarket, pois, através de uma análise estatística comparativa, apresentaram resultados contraditórios e totalmente fora dos valores médios divulgados por outros institutos. Nesse ranking geral, as pesquisas que mais acertaram (menores erros) foram:
1º lugar: AtlasIntel
2º lugar: Data Guru
3º lugar: Data Guru
EPISÓDIO 15
Compare os resultados das últimas 18 pesquisas eleitorais para presidente da república 2022 realizadas entre os dias 22/9 e 1º/10.
Assistir episódio no youtubeEPISÓDIO 14
Compare os resultados das 12 pesquisas eleitorais para presidente da república 2022 realizadas entre os dias 22/9 e 30/9.
Assistir episódio no youtubeEPISÓDIO 13
Este vídeo é uma correção do vídeo original em que os resultados da pesquisa Modalmais e Brasmarket estavam invertidos.
Assistir episódio no youtubeEPISÓDIO 12
Compare os resultados das pesquisas eleitorais para presidente da república 2022 realizadas entre os dias 10/9 e 16/9 pelos seguintes institutos de pesquisa: Ipespe, Genial / Quaest, Modalmais / Futura, CNT / MDA e Datafolha.
Assistir episódio no youtubeEPISÓDIO 11
O que é um intervalo de confiança? O que se entende por intervalo de confiança? O que significa um intervalo de confiança de 95%? Como interpretar um intervalo de confiança? O que representa um intervalo de confiança? O que é nível de confiança de 95% ou grau de confiança de 95%?
É muito comum encontrarmos uma informação em pesquisas realizadas a respeito do nível de confiança, em especial nas pesquisas eleitorais embora a confiança esteja presente em todas as pesquisas que utilizem critérios estatísticos. As frases e os valores mais comuns que encontramos são:
- A pesquisa possui um intervalo de confiança de 95%.
- A confiabilidade da pesquisa é de 95%.
- O nível de confiança da pesquisa é 95%.
Pode parecer confuso, mas intervalo de confiança é diferente da margem de erro. Embora exista uma relação entre o nível de confiança e a margem de erro, tratam-se de coisas diferentes, com interpretações diferentes.
Ao dizer que a pesquisa possui uma confiança de 95%, isso significa que se fossem realizadas 100 pesquisas idênticas, com mesmo tamanho amostral, no mesmo período e com o mesmo método de obtenção dos elementos amostrais (pesquisados / entrevistados), então provavelmente 95 delas irão conter o verdadeiro valor populacional.
Suponha que a pesquisa possui uma confiança de 95%.
Não é correto dizer que “a probabilidade da verdadeira proporção (populacional) estar no intervalo de 29% a 33% é igual a 95%”.
O certo é dizer que, se fossem realizadas muitas amostras, aproximadamente 95% dos intervalos de confiança irão conter a verdadeira proporção (populacional).
EPISÓDIO 10
Margem de erro ou erro estatístico é um intervalo em que se espera encontrar o valor real, ou seja, populacional, daquilo que está sendo estimado. Exemplo: um pesquisador quer saber a porcentagem de pessoas que desejam comprar um certo produto X.
A partir da população (possíveis consumidores desse produto), seleciona-se uma amostra. Ao analisar os elementos dessa amostra, descobre-se que, por exemplo, 30% das pessoas se interessam pelo produto X. Essa porcentagem de 30% é um valor exato dentro da amostra. Porém, é considerado uma estimativa para a população.
Se o erro da pesquisa for de 2%, valor calculado com fórmulas estatísticas, então esperamos que a porcentagem de pessoas da população que se interessem pelo produto seja:
Cálculo do intervalo usando a margem de erro:
30% - 2% = 28% (limite inferior)
30% + 2% = 32% (limite superior)
Dessa forma, espera-se que a porcentagem da população que se interesse pelo produto X esteja no intervalo de 28% a 32%.
Essencialmente, quando tratamos de proporções (porcentagens), a margem de erro varia de acordo com:
- Tamanho da amostra.
- Nível de confiança da pesquisa.
- Conhecimentos prévios das proporções (obtidas, geralmente, através de amostras-piloto).
O empate técnico ocorre quando há sobreposição dos intervalos de confiança. Se há empate técnico, não podemos afirmar que, na população, uma porcentagem é superior a outra.
EPISÓDIO 9
Pesquisa ou enquete? Qual a diferença prática entre uma pesquisa e uma enquete? Neste vídeo vamos analisar as definições de pesquisa e enquete no dicionário e depois quais as diferenças práticas.
Segundo o dicionário de Oxford:
Pesquisa:
1. conjunto de atividades que têm por finalidade a descoberta de novos conhecimentos no domínio científico, literário, artístico etc.
2. investigação ou indagação minuciosa.
Enquete:
Pesquisa de opinião sobre uma questão qualquer, que envolve documentos, depoimentos, experiências pessoais etc.
Já segundo o dicionário Michaelis:
Pesquisa:
1. Ato ou efeito de pesquisar.
2. Série de atividades dedicadas a novas descobertas, abrangendo todas as áreas de conhecimento.
3. Investigação detalhada.
4. Conjunto de exames de laboratório.
Enquete:
Pesquisa de opinião que se baseia em testemunhos, depoimentos, documentos etc.; referendo, sondagem.
Na prática, a diferença consiste em se utilizar de métodos científicos para realizar a sondagem e a amostragem. Ou seja:
Pesquisa:
Termo utilizado quando se trata de coleta de dados ou informações, utilizando critérios científicos que tenham por objetivo elaborar uma análise estatística, por exemplo. É usado em pesquisas jornalísticas, artigos científicos, TCCs, monografias, dissertações, teses, etc.
Enquete:
Termo utilizado quando se trata de coleta de dados ou informações sem rigor científico, servindo apenas como uma informação mais relacionada à título de curiosidade. Normalmente é usado em redes sociais (Facebook, Instagram, YouTube), palestras, blogs, etc. Uma enquete não pode ser utilizada para fins de pesquisas amplas (como eleições) pois seu resultado é viesado.
EPISÓDIO 8
Comparação entre 4 pesquisas para presidente realizadas em julho e agosto de 2022. Foram comparadas:
- Pesquisa Datafolha – de 27 a 28/7/22 com 2556 entrevistados e margem de erro de 2%;
- Pesquisa Genial / Quaest – de 28 a 31/7/2022 com 2000 entrevistados e margem de erro de 2%;
- Pesquisa Poder Data – de 31/7 a 2/8/2022 com 3500 entrevistados e margem de erro de 2%;
- Pesquisa BTG / FSB – de 5 a 7/8/2022 com 2000 entrevistados e margem de erro de 2%.
A partir dos dados apresentados nas pesquisas eleitorais, foi realizado um ajuste das porcentagens de modo que a soma total ficasse em 100%.
Em seguida, foi feita uma consolidação da pesquisa, unindo-se os resultados das 4 pesquisas em uma única, com um total de 10056 entrevistados.
Esses resultados foram comparados graficamente mostrando que Lula está na liderança, seguido por Jair Bolsonaro. Há um empate técnico entre Ciro Gomes e Simone Tebet na terceira colocação.
EPISÓDIO 7
A manchete da reportagem chama a atenção do leitor: “Três novidades sobre a pesquisa Datafolha que passaram batidas”. O artigo é repleto de análises e informações. Mas será que tudo que foi escrito está estatisticamente correto? Uma análise rigorosa mostra que não. Veja alguns trechos da reportagem que foram analisados neste vídeo:
“Chance de eleição de Lula no 1º turno com viés de baixa - Pelo Datafolha, Lula tinha 54% dos votos válidos em maio, 53% em junho, e 52% em julho. Para se eleger já em 2 de outubro, Lula precisa receber um voto a mais do que a soma de todos os seus adversários. Seus atuais quatro pontos de vantagem sobre todos os outros juntos estão no limite da margem de erro da pesquisa: os 52% podem ser 50%; e os 48% dos adversários podem ser 50% também. Analisadas uma a uma, as oscilações mensais de Lula foram estatisticamente insignificantes, porém, sempre na mesma direção: para baixo.
[...]
Analisadas uma a uma, as oscilações mensais de Lula foram estatisticamente insignificantes, porém, sempre na mesma direção: para baixo. Nova variação negativa em agosto configuraria uma tendência. Daí o esforço de Lula para convencer outros presidenciáveis a desistirem já.”
Fonte: Fonte: https://noticias.uol.com.br/colunas/jose-roberto-de-toledo/2022/08/01/tres-novidades-sobre-a-pesquisa-datafolha-que-passaram-batidas.htm
Basicamente, a análise realizada neste vídeo contempla 3 questões principais:
1) Viés de baixa: faz sentido em se falar em viés de baixa quando está ocorrendo empate técnico?
2) Contradição: se as oscilações são estatisticamente insignificantes, como se pode falar em variação sempre na mesma direção (para baixo)?
3) Configuração de tendência: quando se leva em consideração a margem de erro de uma pesquisa, a partir de que momento podemos dizer que ocorre a existência de uma tendência?
EPISÓDIO 6
Em uma reportagem do UOL foi dito que:
"Os R$ 200 de 2020 representam atualmente R$ 163,91, segundo cálculos de Matheus Peçanha, pesquisador e economista do Ibre (Instituto de Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), feitos a pedido da Folha. Já os R$ 600 equivalem a R$ 491,72.
Para ter o mesmo poder de compra de abril de 2020, as famílias deveriam receber R$ 732,12. Os R$ 200 deveriam ser corrigidos para R$ 244,04. A correção tem como base a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulada em 22,02% de abril de 2020 a junho de 2022. Esse é o índice que mede a alta de preços para a de baixa renda."
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/07/auxilio-brasil-de-r-600-ja-chega-defasado-e-familias-cortam-alimentos-para-sobreviver.shtml
A dúvida surge em como se calculou os valores apresentados na reportagem sobre o Auxílio Brasil. Os valores informados estão corretos?
Para se calcular tais valores, devemos utilizar uma fórmula de porcentagem quando realizamos um aumento (baseado na inflação). Utilizando o cálculo de porcentagens, vamos verificar neste vídeo se os valores estão corretos ou errados.
EPISÓDIO 5
Entre 20 e 24/7/2022, dois institutos de pesquisa, o Ipespe e a FSB divulgaram os resultados das pesquisas para presidente 2022. Este vídeo faz a análise da pesquisa para presidente no 1º turno em um cenário de respostas estimuladas.
As duas pesquisas foram realizadas por telefone com 2000 pessoas cada, tornando ainda mais viável a comparação entre elas. Além dos resultados divulgados, o Professor Guru fez o cálculo das porcentagens considerando os votos válidos. Nesse aspecto, considerando a margem de erro e supondo que as eleições fossem no período das pesquisas, Lula ganharia em 1º turno? A respostas está no vídeo.
Por fim, foi feita uma análise de 3 cenários de 2º turno comparando as intenções de voto dos 3 primeiros colocados nas pesquisas, ou seja, Lula X Bolsonaro, Lula X Ciro Gomes e Bolsonaro X Ciro Gomes.
EPISÓDIO 4
Quais são as 15 maiores torcidas de futebol do Brasil? Neste vídeo, faremos uma análise de uma pesquisa realizada pelo Ipec no mês de julho de 2022 em que foram entrevistadas mais de 2 mil pessoas em 126 municípios do Brasil.
A pesquisa possui uma margem de erro de 2% para mais ou para menos. E por conta disso, veremos, através de um gráfico, que ocorrem diversos empates técnicos.
Aqui vai uma dica dos resultados: Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Vasco, Corinthians, Fluminense... Descubra a posição de cada time no vídeo.
EPISÓDIO 3
Muitos se perguntam: as pesquisas eleitorais acertam? As pesquisas para eleições erram?
Há aqueles que não acreditam ou não confiam nas pesquisas para eleições. Da mesma forma, há quem confie cegamente.
A verdade é que nem sempre as pesquisas acertam, mas também nem sempre erram.
Por mais que uma pesquisa seja bem realizada, erros são possíveis de ocorrerem. Muitas pesquisas para as eleições acabam por não conseguirem prever, com certa exatidão, os resultados das urnas. Porém, a maioria das pesquisas consegue prever o ranking dos resultados.
Nesse vídeo, discutiremos os resultados das eleições de 2018 para Presidente e para Governador do Estado de São Paulo e veremos quais resultados das pesquisas foram confirmados nas urnas e quais erraram. Faremos uma análise das últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha no 1º turno das eleições de 2018 para presidente e para governador de São Paulo.
EPISÓDIO 2
No segundo vídeo da série estatística prática, veremos a diferença entre votos válidos e votos totais. De forma simples, os votos totais incluem os votos brancos e nulos, enquanto que os votos válidos não incluem os votos em branco e nulos.
Os votos válidos são importantes porque são eles que devem ser considerados em um resultado de eleições para presidente, governador ou prefeito para determinar quem é o vencedor e se haverá ou não 2º turno.
No vídeo você aprenderá a calcular, na forma de porcentagem, os votos totais de cada candidato e os votos válidos para cada candidato.
EPISÓDIO 1
As pesquisas estatísticas são realizadas a partir de amostras, ou seja, uma parte da população de interesse. Dessa forma, a pesquisa tenta prever o comportamento da população a partir dos elementos entrevistados.
Geralmente as pesquisas apresentam os valores na forma de porcentagem. Esses valores são estimativas pontuais. A partir de cálculos, é determinada uma margem de erro da pesquisa.
Por exemplo, é muito comum as pesquisas de opinião terem uma margem de erro de 2%. Então, supondo que a pesquisa seja sobre eleições e que o candidato tenha obtido 30% das intenções de voto, é construído um intervalo de confiança utilizando-se a margem de erro. Nesse caso, deve-se pegar a estimativa pontual e somar e depois subtrair a margem de erro, ou seja: 30%-2% = 28% e 30%+2% = 32%. Dessa forma, cria-se um intervalo em que se espera encontrar o verdadeiro valor (valor populacional), que, no caso do exemplo, seria de 28% a 32%.
Quando se comparam dois intervalos, pode ocorrer a sobreposição dos seus valores indicando que, nesse caso, está ocorrendo um empate técnico. Empate técnico é um termo estatístico utilizado para dizer que não há como definir quem está na frente a partir da pesquisa realizada.
Todos esses termos, como estimativas pontuais, estimativas intervalares, intervalos de confiança, margem de erro e o empate técnico são explicados no vídeo 1 da série Estatística Prática.
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Tenho prova amanhã, não sei nada da matéria e estou desesperado(a). O que eu faço? O que e como estudar?